Um papiro de 1.500 anos com relatos da Igreja Primitiva sobre a
Última Ceia foi encontrado por pesquisadores da Universidade de
Manchester e classificaram o documento como o mais antigo com
referências ao encontro entre Jesus e seus discípulos antes da
crucificação.
“Esta é uma descoberta importante e inesperada, um dos primeiros
documentos encontrados que faz referência à Última Ceia”, disseram os
pesquisadores.
Segundo informações da agência Europa Press, o texto completo do
papiro diz: “Temam todos aqueles que reinará sobre toda a terra. Que as
nações e os povos saibam que Cristo é o nosso Deus, pois ele falou e
eles começaram a ser; Ele mandou e foram criados; Ele pôs tudo sob os
nossos pés e se livrou da vontade de nossos inimigos. Nosso Deus
preparou uma mesa no deserto sagrado e deu-lhes o maná para comer para
um novo pacto: o corpo imortal do Senhor e o sangue que Cristo derramou
por nós na remissão dos pecados”.
Segundo os estudiosos, o texto do papiro é uma combinação de
passagens bíblicas, incluindo o Salmo 78: 23-24 e Mateus 26: 28-30,
entre outros. O papiro contém uma das mais antigas referências
documentadas sobre a Última Ceia e o maná.
O responsável pela pesquisa, Roberta Mazza, afirmou que estava
“animada” por conta da descoberta de que o conhecimento da Bíblia era
mais enraizado no Egito do século VI d. C. do que se acreditava até
agora.
Na opinião de Roberta Mazza, a descoberta lança nova luz sobre o
cristianismo primitivo, pois o documento foi concebido apenas 300 anos
após o imperador romano Constantino se converter ao cristianismo.
A equipe de especialistas encontrou este papiro enquanto trabalhava
com milhares de fragmentos de documentos inéditos históricos preservados
nos cofres da biblioteca da universidade.
“Embora não sabemos quase nada sobre o proprietário do documento,
apesar de que poderia ter sido um residente da aldeia Hermoupolis (el
Ashmunein), é duplamente fascinante porque o fabricante sabia claramente
sobre a Bíblia, mas ele cometeu um monte de erros. Poucas palavras
contém erros ortográficos e outras estão na ordem errada. sugerindo que
ele estava escrevendo de memória, ao invés de copiar de outro texto”,
disse Mazza.