terça-feira, 19 de agosto de 2014

Coreia do Norte 1º lugar em pesguisição contra Cristãos



 

 Coreia do Norte



A Igreja e a Perseguição Religiosa
A Igreja
O cristianismo chegou à península coreana, no
final do século XVII, através de católicos coreanos feitos prisioneiros
de guerra e enviados ao Japão pelos algozes japoneses que invadiram o
país com o propósito de dominar a China. Em terras nipônicas, os
coreanos tiveram contato com o evangelho (muitos dos quais se tornaram
mártires) e, quando puderam retornar a seu país, levaram consigo a nova
fé. O início do cristianismo no país se deu no século XVIII (1793),
quando a igreja passou por perseguições isoladas, mas suas raízes já
estavam suficientemente fortes e fincadas na Coreia. Antes da guerra que
dividiu a península corenana, a capital do país, Pyongyang, abrigava
quase meio milhão de cristãos, constituindo na época 13% da população.
Após a guerra, muitos cristãos fugiram em direção ao sul ou foram
assassinados.


A perseguição

A Constituição prevê a "liberdade religiosa",
no entanto, na prática, o governo restringe severamente qualquer
atividade religiosa, exceto o que possa ser supervisionado rigorosamente
por grupos reconhecidos oficialmente, ligados ao governo. Uma autêntica
liberdade religiosa não existe, apenas igrejas rigorosamente
controladas pelo governo. As igrejas que existem na cidade hoje são
basicamente "igrejas de fachada", servindo à propaganda política sobre a
liberdade religiosa no país. Quase todos os cristãos na Coreia do Norte
pertencem a igrejas não-registradas e clandestinas. O culto deles se
constitui de um encontro "casual" de dois ou três deles, em algum lugar
público. Lá eles oram discretamente e trocam algumas palavras de
encorajamento.
A perseguição aos cristãos foi intensa durante
o período de dominação japonesa, especialmente devido à pressão
exercida pelos dominadores para a adoção do xintoísmo como religião
nacional. Desde a instalação do regime comunista, a perseguição tem
assumido várias formas. Inicialmente os cristãos que lutavam por
liberdade política foram reprimidos. Depois, o governo tentou obter o
apoio cristão ao regime, mas como não teve êxito em sua tentativa,
acabou por iniciar um esforço sistemático para exterminar o cristianismo
do país. Edifícios onde funcionavam igrejas foram confiscados e líderes
cristãos receberam voz de prisão. Ao ser derrotados na Guerra da
Coreia, soldados norte-coreanos em retirada frequentemente massacravam
cristãos com a finalidade de impedir sua libertação.
O Estado não hesita em torturar e matar
qualquer um que possua uma Bíblia, quer esteja envolvido no ministério
cristão, organize reuniões ilegais, quer tenha contato com outros
cristãos (na China, por exemplo). Os cristãos que sobrevivem às torturas
são enviados aos campos de concentração. Lá, as pessoas recebem
diariamente alguns gramas de comida de má qualidade para sustentar o
corpo, que deve trabalhar 18 horas por dia. A menos que aconteça um
milagre, ninguém sai desses gigantes campos com vida.
Desde o final do século XIX, cerca de cem mil
norte-coreanos mantêm a fé cristã clandestinamente, segundo cálculos da
Newsweek. Até mesmo Kim Il-Sung, o primeiro ditador da Coreia do Norte,
falecido recentemente, veio de uma família cristã devota.
De acordo com missionários, os cristãos
norte-coreanos mantêm suas Bíblias enterradas nos quintais, embrulhadas
em plásticos. Alguns pastores na China oram por doentes e pregam através
de interurbanos feitos por telefone celular, segundo a reportagem. Tudo
isso num intervalo de tempo que vai de cinco a dez minutos. Os "cultos
telefônicos" têm de ser rápidos e muitas vezes são interrompidos
bruscamente, porque a Coreia do Norte usa rastreadores para localizar os
telefones. Após a morte de Kim Jong-Il em dezembro de 2011 a pressão do
governo sobre os cristãos tem aumentado cada vez mais.


História e Política


Localizada na metade setentrional da Península
da Coreia, no leste asiático, a Coreia do Norte é caracterizada por
altas montanhas separadas por vales estreitos e profundos. Densas
florestas cobrem cerca de dois terços do país. O topônimo Coreia
deriva-se de Koryo, "alto e belo", nome da dinastia que governou o país
de 918 a.C. até 1392 d.C. Os habitantes da península coreana imigraram
da Sibéria entre os séculos X e XIII a.C. No ano 108 a.C., os chineses
dominaram a península e a dividiram em 4 colônias chinesas. No século
XIII, Koryo foi invadida por mongóis, que passaram a ter grande
influência na corte. E em 1392, Yi Song-gye fundou a dinastia Choson
(Yi), que durou até 1910.
O século XX foi decisivo para a configuração
política atual do país. Com interesses políticos e econômicos sobre a
península coreana e sobre outros países da Ásia, o Japão anexou a Coreia
ao seu território, transformando o país em seu protetorado. Com a
derrota do Japão na Segunda Guerra Mundial, a Coreia se viu livre para
se consolidar como nação independente no cenário mundial. Foi a partir
de 1945 que o cenário político atual da Coreia começou a se formar:
nesse ano, com o apoio da União Soviética, o norte se proclamou
independente do sul, recusando-se a cooperar com as Nações Unidas e
passando a se chamar República Democrática Popular da Coreia, chefiada
pelo primeiro ministro Kim Il Sung.
No ano de 1950, o norte invadiu o sul da
península, na tentativa de unificar a península sob o regime comunista,
desencadeando a "Guerra da Coreia" (1950-1953), que culminou com a
divisão definitiva da Coreia e a criação de dois novos países: Coreia do
Norte e Coreia do Sul, o primeiro comunista e o último capitalista. O
armistício assinado em 1953 definiu o paralelo 38 como a zona
desmilitarizada da Coreia. A zona desmilitarizada entre os dois países
continua sendo uma das áreas mais fortificadas e impenetráveis do mundo.
A guerra quase irrompeu novamente no fim da década de 90, mas foi
evitada graças a esforços diplomáticos. Não obstante, ainda há grande
tensão entre as duas Coreias.
Desde a divisão, a Coreia do Norte teve apenas
dois presidentes: Kim II Sung, que governou o país até 1994 e seu filho
Kim Jong-il, que está no poder desde então. O governo exerce uma
política unipartidária e é considerado como uma autocracia, ou ditadura
comunista totalitária. O país tem sido profundamente marcado por um
"culto à personalidade" que elevou o falecido ditador King Il-Sung, pai
de Kim Jong-Il, à posição de deus. No dia 17 de dezembro de 2011 o
ditador Kim Jong-il faleceu de ataque cardiaco aos 69 anos de idade, seu
filho, Kim Jong-Un foi nomeado como o novo líder do país em 31 de
dezembro do mesmo ano.


População


A população norte-coreana é de pouco mais de
24 milhões de pessoas, sendo 60% urbana. Etnicamente, ela é constituída
quase que totalmente por coreanos (99%). Há um pequeno número de
chineses e japoneses residindo no país. Segundo estimativas do governo,
70% da população não professa nenhuma religião. O restante segue crenças
asiáticas, como xamanismo, confucionismo ou budismo. Há grupos cristãos
de protestantes, católicos e ortodoxos.
Quase 100% da população é alfabetizada e tem
acesso à educação. A população sofre com a fome, já que normalmente os
alimentos do país são primordialmente direcionados ao exército. Há
abertura para organizações humanitárias atuarem, a fim de aliviar a fome
da população, mas os esforços não são suficientes. Isso acontece
parcialmente por causa da corrupta liderança das forças militares. Eles
interceptam muitas cargas de alimento e desviam-nas para os seus
soldados. O próprio presidente Kim Jong-Il disse, certa vez, que só
precisa que 30% da população sobreviva.


Economia


A economia da Coreia do Norte é totalmente centralizada no Estado,
totalmente planejada pelo governo; a indústria pesada e a agricultura
(arroz, milho, batata, soja) são as principais atividades econômicas do
país. Pyongyang é o centro comercial do país; as relações econômicas da
Coreia do Norte com outros países são poucas, sendo a China o principal
parceiro comercial do país. O turismo é também uma importante fonte de
renda para a Coreia do Norte: todo turista ou grupo de viajantes deve
conhecer o país sempre acompanhado de um guarda ou representante do
Estado.




Coreia do Norte

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