Pela primeira vez, o homem conseguiu pousar um robô em um cometa, em
uma missão que durou mais de dez anos e que tem o objetivo de estudar
esse corpo celeste. Dados enviados pelo módulo Philae e rebatidos à
Terra pela sonda Rosetta, responsável por levar o equipamento ao cometa,
confirmaram no início da tarde desta quarta-feira (12) o feito inédito
na ciência.
A Agência Espacial Europeia, ESA, recebeu a confirmação às 14h03 de que
o módulo espacial Philae tocou o solo do cometa
67P/Churyumov-Gerasimenko, uma massa imensa com superfície composta de
gelo e poeira. "Estamos sentados na superfície. Estamos no cometa",
disse Paolo Ferri, um dos líderes da missão Rosetta, depois de confirmar
o funcionamento da transmissão do sinal.
A chegada ocorreu 28 minutos e 20 segundos antes, já que existe um
intervalo entre a emissão do sinal da Rosetta e a recepção dele na Terra
- tempo chamado pelos cientistas de "minutos de terror".
De acordo com a ESA, após análise da telemetria, verificou-se que o
toque na superfície do cometa não aconteceu conforme o planejado, já que
os arpões, que fixariam o módulo no cometa, não dispararam em um
primeiro momento. Os pesquisadores analisam o que podem fazer para
reverter o problema.
Qual o objetivo disso tudo?
Compostos químicos, gases e muita poeira presentes no cometa podem
conter respostas sobre a formação dos planetas do Sistema Solar. Além
disso, apontariam aos cientistas uma direção para descobrir como a vida
surgiu, no estágio em que a conhecemos.
Uma das teorias sobre o início da vida na Terra sugere que os primeiros
ingredientes da chamada "sopa orgânica" vieram de um cometa,
considerados alguns dos corpos celestes mais antigos do Sistema Solar.
Fonte: G1 globo
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