- 1.Muita gente não acreditava na sua vitória e muita gente perdeu apostas na cidade e na região. Qual o segredo de tanto voto?
Adalberto
– Primeiro quero agradecer a minha vitória a Deus e ao povo. O povo
sempre agradece a quem trabalha. Quando você trabalha pensando no
próximo a resposta que você recebe é animadora. Faço política na minha
região olhando as pessoas que mais precisam, por isso o eleitor entendeu
a minha mensagem e votou maciçamente em mim e nos candidatos que eu
estava apoiando. O bom político ou o político responsável tem que
governar pensando na maioria. Eu sou assim. Na Assembleia Legislativa
peguei as minhas emendas de um milhão por ano, que é muito pouco, mais
sair dividindo nos municípios onde recebi os votos, com programas de
horas máquina e outras ações. Faço o que os outros não fazem. As pessoas
confiam em Adalberto Cavalcanti, porque o que eu prometo, eu cumpro.
A partir de Janeiro já vou
voltar com as nossas unidades de saúde para atender o povo com médico,
dentista e oftalmologista. Se a gente não ajudar as pessoas que mais
precisam, não podemos cumprir bem a nossa missão política. Palavras
bonitas não enche barriga, não sara ferida. Agora mesmo já estou vendo
como vou poder adquirir um mamógrafo. Vamos ajudar a saúde. Se ela não
pode ajudar todo mundo eu faço a minha parte. Conheço mulheres de mais
de 40 anos que nunca fizeram um exame de mama. Quem aguenta isso? O
índice de câncer de mama no Brasil é enorme. Por isso quero adquirir
mais uma unidade móvel com um mamógrafo. Tenho duas filhas médicas, dois
genros radiologistas, um filho se formando em medicina e eles podem
ajudar muito nos finais de semana atendendo os bairros da periferia e as
cidades que ainda necessitam de uma atenção maior.
2.Alguns adversários dizem que o senhor é assistencialista, o Deputado confirma isso?
Adalberto
– Se todo político fizesse a sua parte, teríamos uma sociedade mais
tranquila, mais assistida. O povo precisa de atenção. Se os governos não
podem ajudar a todos de uma só vez, temos que fazer o nosso papel de
estar junto, perto, cumprindo o nosso dever de cidadão. Bom se o estado
pudesse atender todo mundo, mas ele não tem como. Aprendi com os meus
pais que temos que dividir o pouco que a gente tem com os que mais
precisam. Estou cumprindo a minha missão. Para o ano estou me
aposentando e vou ter todo o tempo do mundo para trabalhar ainda mais
pelo povo. Quando a gente morre não leva nada das nossas conquistas
materiais. Não tenho sonho de ser milionário, tenho sonho de melhorar a
sociedade que a gente vive com igualdade para todos. Caminhei agora
nesta campanha por toda a periferia de Petrolina. Me deparei com muita
pobreza e falta de muita coisa para melhorar a condição de vida do povo.
Como Deputado Federal vou
colocar o maior volume das minhas emendas para a Prefeitura de
Petrolina. Se o Prefeito Júlio Lossio não souber aproveitar eu vou na
rádio dizer o que fiz. Vou fazer muito bem a minha parte, tenham certeza
disso. Tenho compromissos com as cidades onde recebi expressiva votação
neste sertão de Pernambuco, como Lagoa Grande, Afrânio, Dormentes,
Santa Cruz, Santa Filomena, Parnamirim, Exu, Bodocó, Araripina, Orocó,
Cabrobo e muitas outras. Vou fazer a minha parte e vou fazer da melhor
maneira possível. Sabendo ser honesto e correto com os princípios do
reconhecimento e do trabalho.
3. Deputado
os seus votos foram conquistados no sertão. São votos eminentemente
sertanejos. O Senhor não foi buscar votos no Pajeú, Agreste, na Mata e
região Metropolitana . O senhor numa possível reforma política vai
defender o voto distrital? A hora é agora?
Adalberto
-Ficou muito claro para mim nessa campanha, que as cidades estão órfãs
de bons políticos. Políticos comprometidos com a verdade, com a
realidade do povo e que esteja perto, próximos das pessoas. Pra que
votar em candidato da capital que só vem a região de quatro em quatro
anos? Imprimir uma campanha regional, porque as pesquisas mês mostravam
isso. A cada cidade do sertão que cheguei para me apresentar, ouvir os
relatos frustrados de quem votou em candidato sem compromisso com a sua
região. Sou sertanejo de Afrânio, conheço a realidade do povo e por
isso vou defender sim o voto distrital para que as pessoas tenham a quem
recorrer na hora H, na hora que elas precisam da gente. Sou sertanejo
da gema. Fiquei na roça até os meus 18 anos. Sei de tudo do sofrimento
do povo.
Já estou montando a minha
equipe de trabalho. Preciso ter perto de mim bons assessores, pessoas
que conheçam o transito político de Brasília, que saibam elaborar os
bons projetos, porque gente que vai me ajudar a buscar recursos nos
ministérios eu já tenho. Vou contar com o Senador Armando Monteiro de
meu partido e outros Deputados e Senadores da bancada de Pernambuco que
podem ajudar e muito nos projetos para o sertão. Vou correr para o
Ministério da Integração Nacional. É la onde a gente pode arrancar
recursos para diminuir o sofrimento da seca que estamos vivendo na
região. Vou atrás do canal do sertão, me juntar a todas as forças
regionais e lutar por essa conquista que pode trazer muitos benefícios
ao nosso povo. Vou brigar para que a Codevasf receba mais recursos para
gente ampliar os adutoras com agua do Rio São Francisco, abrir mais
poços artesianos e tubulares, construir novas barragens e novos
barreiros para acumular agua para o povo.
4. O
senhor não tem grupo político. Não se alinhou nestas eleições com os
tradicionais caciques da política sertaneja, tipo Fernando Bezerra,
Osvaldo Coelho, Gonzaga Patriota e etc. Sua referência foi só Afrânio
como Prefeito duas vezes. Como explicar esta vitória de Deputado Federal
o senhor sendo majoritário em Petrolina, a maior cidade do sertão,
majoritário em Lagoa Grande, Dormentes, Afranio, Santa Maria da Boa
Vista e Parnamirim. Isso é um fenômeno ou povo estar cansado dos
políticos antigos?
Adalberto
– Acredito em Deus. Minha fé eu levo comigo e vou conquistando o meu
espaço. Minha referência é sim Afrânio. Foi lá que um Prefeito pegou o
dinheiro do povo e investiu todo em obras, em ações a favor de todos.
Afrânio tem duas histórias, uma antes e uma depois de Adalberto
Cavalcanti. Fui o prefeito que mudou a cara de Afrânio em oito anos. Lhe
digo, o Prefeito que souber aproveitar todos os recursos, sem desviar,
sem roubar, sem meter a mão no dinheiro do povo, faz muita coisa. As
pessoas levavam Afrânio na brincadeira, na gozação. Acabei com isso e
elevei a autoestima do povo de Afrânio com transformação administrativa,
com obras importantes para a nossa gente. Usei os recursos como manda o
figurino, tanto é que todas as minhas contas foram aprovadas sem
restrição pelo Tribunal de Contas.
Tenho dito e repetido por
onde ando. Os recursos são poucos, mais se souber usar, sem desviar, dá
para fazer muito. Foi assim que transformei a vida de Afrânio em uma
cidade de respeito, próspera, com obras na sede e em todas as regiões do
município. Isso correu noticia e chegou em Petrolina onde recebi essa
extraordinária votação. Em meu mandato de Estadual, recebi 22 mil votos
em Petrolina e agora para Federal o povo de Petrolina foi muito generoso
comigo e me deu mais de 42 mil votos. Meu compromisso com Petrolina é
muito grande e vou cumprir da melhor maneira possível. Quero ser um
Deputado Federal diferente e isso eu vou mostrar a todos.
5.O
que é que Brasília pode significar do ponto de vista de trabalho para
o Deputado Adalberto Cavalcanti nesta gestão de Federal?
Adalberto
– Brasília que me aguarde. Se ela tiver pensando que vou ser mais um
para engrossar as fileiras do congresso nacional, sem fazer nada,
esperando a morte chegar, vai estar muito enganada. Vou cavar, vou
buscar, vou atrás, vou bater na porta de todos os ministérios que tem
programas para os sertanejos de Pernambuco. Sou inquieto, não me
conformo com coisas poucas. Tenho agora nas costas uma população de
várias cidades que acreditaram em mim, por isso votaram comigo. Vou traz
de Piaulino, do Ministro Zé Mucio, de Armando Monteiro, Humberto Costa .
De todos. Se não conseguir nada, se sentir que estão me enrolando, vou
para os blogs, para as rádios, jornais e as Tvs denunciar. Vou fazer a
minha parte.
6.Termina uma eleição e começa a outra logo em seguida. O senhor sonha ser Prefeito de Petrolina?
Adalberto
-Vinicius, quem não sonha ser Prefeito de uma cidade tão maravilhosa e
progressista como Petrolina? Quem não sonha isso? Vou trabalhar. O povo
de Petrolina já me deu um sinal. Já foi generoso demais comigo. Me fez o
seu Federal majoritário. O futuro a Deus pertence. Se assumir o meu
cargo de Deputado Federal e se fizer por onde e se o povo me convocar,
quem sabe, a gente não avalia. Vai depender muito da convocação popular.
Neste momento estou pronto
para ir para o Congresso Nacional. Pronto para novos sonhos e novos
voos. Mas meu compromisso agora é com Brasília. Preciso me familiarizar
com a Câmara Federal. Temos assuntos importantes para discutir no
congresso. As reformas tão sonhadas que vou levar com os companheiros de
partido para ver se saem do papel. A Reforma Tributária, a Reforma do
Judiciário que precisam avançar e a reforma política que necessita
tomar vergonha e sair do papel. Sei que na Câmara Federal tem muitas
missões que quero cumprir, mas volto a dizer se o povo de Petrolina me
convocar estou pronto para o desafio. O povo diz que eu sou ousado. Não
sei se é bem isso. Na Assembleia Legislativa em Recife, os companheiros
me chamavam de camurim, aquele peixinho que fica lá abaixo dos
aquários, eles diziam que eu ia era fazer calda para os outros. Mais
não foi nada disso. Fui eleito e bem eleito para representar o povo do
sertão na Câmara Federal. Nessa jornada agora, eu andava, caminhei
muito e ouvir das pessoas, com sinceridade: “deputado eu vou votar em
você”. Era muita gente que me dizia isso e não era da boca pra fora não.
Era do coração, vinha lá de dentro. Elu vou a luta.
7. Quer dizer então que o Leão já está solto nas ruas de novo?
Adalberto
– Está sim. A partir de Janeiro já vou colocar as minhas unidades de
saúde com medico, dentista e oftalmologista para atender as pessoas que
mais precisam em Petrolina e na região. Vou pegar os meus carros pipas
para ajudar a matar a sede do povo, porque a seca é grande. Se cada um
fizesse a sua parte a gente tinha menos pessoas sofrendo perto da gente.
Se eu tenho e posso dividir, porque não fazer isso. O que eu não vou
ficar é com proselitismo barato, dizendo que estou esperando que o
governo mande os carros pipas, ou que as Prefeituras estão fazendo a
licitação para comprar os remédios e tal. A sede espera? A saúde espera?
Então eu vou fazer a minha parte e o governo que faça a dele. Porque
ele sozinho também não resolve o problema da população.
Fonte: Convocação Geral
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